Eu sei que tenho muitas coisas para fazer. O fim de semestre na faculdade está bem atarefado. Escrevi uma resenha do meu livro favorito - Rádio Silêncio - para a facul, e pretendo postar ela aqui, já que eu gostei muito do resultado (e a professora também diz que gostou, morri de orgulho). Além disso, queria agradecer a Lana por ter feito um quote da minha última postagem. Eu dei pulinhos de alegria quando vi! Posso não ser uma comentadora muito assídua, mas leio todos os seus posts e adoro o seu conteúdo.
Agora que já dei algumas atualizações rápidas da minha vida, tenho algo importante a dizer: eu fui na minha primeira parada LGBTQ+!
Infelizmente, não consegui bater mais fotos, mas o dia foi lindo. Estava ensolarado e repleto de pessoas felizes por amar outras pessoas. Quase me esqueci que a homofobia existia.
Quero falar sobre uma professora da faculdade que eu encontrei no meio da parada. Confesso que achei que ela não iria me reconhecer, mas ela reconheceu e foi muito legal comigo. Perguntou se eu estava segura e comendo direitinho, achei muito fofo da parte dela.
Também quero agradecer ao grupo com cartazes que me acolheu e foi tão querido comigo. Ir para a parada sozinha é uma experiência um pouco estranha, mas eu fico muito feliz em poder dizer que consegui fazer amigues ali. Os cartazes eram todos perfeitos e as pessoas eram ainda mais legais.
Por último, tenho que comentar sobre todas as vezes em que quase chorei na parada. É muito estranho perceber que, mesmo no século 21, nós ainda temos tanta homofobia internalizada. Quando uma mulher falou de cima do trio elétrico que tinha orgulho de ser mãe de uma garotinha trans e que toda criança LGBT merece ser amada, eu achei que ia desabar em lágrimas. Meus pais sempre foram amorosos comigo, mas eu sei que isso não é o que acontece com todo mundo. E ás vezes tenho a impressão de que nós mesmos nos negamos o direito de ser amados e bem cuidados por causa de todo esse auto-ódio que a sociedade nos ensina a ter.
Já falei disso aqui, mas espero todos os dias por um futuro melhor. Tenho consciência de que estamos longe disso (e que a realidade é meio deprimente), mas, lá no fundo do meu coração, ainda sou uma otimista que sonha com o dia em que o mundo vai ser um lugar melhor. Tenha orgulho de quem você é, saiba que você é bonite, que você merece amor e que o mundo é um lugar melhor porque você existe nele. E não deixe de votar em outubro! É assim como conseguimos fazer boa parte da mudança.
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