memórias dos meus 14 anos

A Youth Tour foi o ponto alto. Créditos.

Já contei para vocês o padrão da minha vida? Em todo ano de copa do mundo, alguma merda gigante acontece comigo. Não quero dar exemplos, mas entendam: sempre alguma coisa péssima acontece comigo em ano de copa.

Quando começou 2022, eu já estava começando a me preparar emocionalmente para a potencial tragédia desse ano. Qualquer coisa poderia acontecer, de verdade. Pensei que nada mais poderia me impressionar. 

E acho que foi mais ou menos por causa disso que eu passei os últimos dias pensando um pouco sobre a Cecília de catorze anos, 2018, Copa da Rússia. Coitada. Nunca tinha ouvido falar em hidratação de cabelo na vida. Não soube lidar com coisas tristes e então resolveu se dedicar de corpo e alma a uma boyband. Acreditava mesmo que jaehyungparkian era um casal escondido da mídia (risos). 

E bem... não é preciso dizer que 2018 foi um ano péssimo, mas eu sobrevivi. Hoje consigo contar a história e rir de mim mesma. Fui buscar ajuda e consegui me recuperar bem. E 2019 foi um dos melhores anos da minha vida. Então acho que posso dizer que aquilo tudo não foi em vão.

Lembrei também sobre a finaleira daquele ano: a depressão pós-eleição, a hora que me conformei sobre tudo que tinha dado errado, o saco cheio de tudo. E, ao invés de ser o fundo do poço, aquilo foi estranhamente consolador?

Eu estava quebrada, mas era a primeira vez que eu vivia a minha verdade. E isso doeu para caramba, mas foi o que me fez florescer mais tarde. 

A queda me deixou aterrorizada. E eu passei os próximos anos fugindo de uma queda tão ruim assim. Só que, de vez em quando, você precisa cair para conseguir voar mais alto. E é a minha hora de parar de ter medo de cair e quebrar. (eu sempre posso me levantar e tentar algo diferente depois)

Prezada Cecília do futuro: não tenha medo de cair. 

bônus para quem me aguentou até aqui: uma pequena visita ao meu gosto musical questionável de 2018.